Gestão da qualidade é aliada das construtoras para crescer com eficiência

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Normas técnicas e auditorias internas ganham ainda mais espaço como resposta aos desafios da construção civil e à busca por imóveis mais seguros e duráveis

 

 

A construção civil figurou como o terceiro setor de maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024, com alta de 4,3%, segundo o IBGE. A expansão refletiu a força do setor como motor da economia, mas veio acompanhada de exigências crescentes. Margens pressionadas, escassez de mão de obra qualificada e metas de produtividade mais rigorosas desafiaram empresas a rever seus processos internos. Em meio a esse cenário, o investimento em sistemas de gestão da qualidade passou a ser não apenas um diferencial, mas uma necessidade para manter a confiança dos compradores e reduzir falhas nas obras.
Mais do que seguir exigências regulatórias, construtoras vêm adotando auditorias internas e certificações técnicas como ferramentas de governança e competitividade. Na Pride Construtora, que atua no Paraná, o sistema de qualidade envolve 32 áreas auditadas anualmente, com metas definidas de conformidade e foco em ações preventivas. “A cultura da qualidade precisa estar presente em todos os níveis da empresa. Quando o processo é bem executado desde o início, o resultado é percebido pelo cliente na entrega final”, afirma Leonardo Manenti, sócio e diretor da Pride.

Qualidade como resposta aos desafios da construção civil
O crescimento do setor trouxe ganhos importantes à economia. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mais de 180 mil empregos com carteira assinada foram gerados ao longo de 2024. No entanto, o avanço veio acompanhado de entraves: o aumento no número de obras elevou a concorrência por profissionais, encareceu insumos e exigiu maior controle sobre prazos e recursos.
Nesse contexto, manter processos padronizados e integrados passou a ser uma resposta estratégica. Sistemas de gestão da qualidade, como os baseados nas normas ISO, contribuem para reduzir retrabalhos, prevenir problemas técnicos e garantir mais eficiência na cadeia de produção, desde o planejamento até a pós-entrega. “Estamos lidando com um consumidor mais informado e um mercado mais exigente. A gestão da qualidade deixa de ser um protocolo interno e se torna uma garantia externa de compromisso com o cliente”, comenta Manenti.
Para o comprador, esse cuidado se traduz em imóveis mais duráveis, com menor necessidade de manutenção, e menor risco de atrasos ou problemas construtivos. Para a empresa, representa redução de desperdícios e melhora no fluxo de execução. “Em vez de atuar apenas no corretivo, as auditorias internas nos ajudam a identificar fragilidades antes que elas virem um problema. Isso fortalece nossa governança e nos prepara para escalar com consistência”, acrescenta o diretor da Pride.

Certificações técnicas e auditorias reforçam confiança nas obras
A Pride Construtora adota quatro certificações reconhecidas no setor: ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001 e o regimento SiAC do PBQP-H. Cada uma atua sobre um eixo estratégico da operação.
A ISO 9001 foca na gestão da qualidade e garante que os empreendimentos sejam executados conforme padrões técnicos e com foco na satisfação do cliente. Já a ISO 14001 certifica que a empresa mantém práticas sustentáveis, como redução de resíduos e uso racional de recursos. A ISO 45001, por sua vez, trata da saúde e segurança no trabalho, com atenção especial à prevenção de acidentes nos canteiros de obras. Por fim, o SiAC/PBQP-H — exigido pelo programa Minha Casa, Minha Vida — atesta a conformidade técnica das obras com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e tem impacto direto na elegibilidade para financiamentos públicos.
Esses selos, porém, não são apenas reconhecimentos formais. Na prática, exigem que a empresa mantenha auditorias internas constantes, planos de ação corretivos e metas de desempenho. Na Pride, por exemplo, as auditorias são conduzidas por um time técnico com cronograma anual definido. Em 2025, o primeiro ciclo ocorreu em maio, em áreas tanto administrativas quanto de obras. O índice de conformidade esperado é de, no mínimo, 85%. “O mais importante é que as áreas tratem essas metas com protagonismo. Há uma competição saudável por boas avaliações, o que reforça o engajamento e reduz resistências”, explica Manenti.
Segundo o diretor, entre os resultados práticos está a queda nos índices de retrabalho e nas solicitações de assistência técnica. Os dados são monitorados mensalmente e, quando um problema se repete, passa a ser tratado como uma não conformidade sistêmica. Isso implica uma investigação mais profunda da causa raiz e ações preventivas em toda a cadeia de valor. “A ideia não é apenas corrigir um erro pontual, mas compreender sua causa e assegurar que ele não se repita”, diz o executivo.
Além da parte técnica, a cultura da qualidade também se fortalece nas rotinas cotidianas. Processos como o recebimento de materiais, o planejamento de obra, a entrega e até a comunicação com clientes passam por avaliação. Os resultados são compartilhados com todas as lideranças e visualizados em uma plataforma digital acessível aos times. “O sistema de gestão deixa de ser um setor e se torna um jeito de fazer. Isso torna a empresa mais eficiente por dentro e mais confiável por fora”, conclui Leonardo Manenti.

 

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Fonte: Assessoria de Imprensa. / Foto: Freepik.

 

 

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